Em 2016 mais de 50 milhões de doses foram comercializadas segundo a ANPII
A Associação Nacional dos Produtores e Importadores de Inoculantes (ANPII) atingiu ano passo o melhor desempenho de vendas dos últimos quatro anos. Em 2012, foram comercializadas mais de 22 milhões de doses e em 2016, o número saltou para mais de 50 milhões de doses do produto. Agora em 2017 a expectativa é alcançar entre 55 a 60 milhões de doses de inoculantes, dados estes que serão confirmados no próximo balanço, previsto para o segundo semestre de 2018.
Segundo Solon Araújo, consultor da ANPII, apesar das instabilidades do agronegócio brasileiro, o ano está bastante positivo em relação às vendas de inoculantes, o que reforça o crescimento na aderência da tecnologia nos últimos anos. “As pesquisas mostram um aumento médio, em todo o país, de 8% nas lavouras de soja com o uso anual de inoculante”.
O produto mais vendido ano passado e que deve ser também o deste ano é o para a cultura de soja: 35 milhões doses de inoculante líquido e 11 milhões de doses de inoculante turfoso. Estes dados demonstram também uma adequação do produtor às recomendações mais atuais de aplicação diretamente no sulco. “Além de ser uma opção mais ágil, a inoculação no sulco tem se mostrado mais produtiva, pois os efeitos negativos dos fungicidas e outros produtos utilizados no tratamento de sementes são minimizados por este sistema de aplicação”, explica Solon.
A aplicação dos inoculantes no solo evita a mortalidade das bactérias, pois não há contato direto com agroquímicos nem com as altas temperaturas da caixa da semeadeira. “Além disso, a uniformidade da aplicação garante a qualidade do plantio sem afetar o rendimento operacional do agricultor”, define o consultor.
Outro ponto a ser ressaltado sobre as vendas é o crescimento de inoculantes para gramíneas que atingiu 4.532.317 milhões de doses, ou seja, aumento de 78% em relação a 2011. “Ensaios de campo, executados por órgãos de pesquisa, tem demonstrado aumentos médios em torno de oito sacas/ha, tanto em milho como em trigo. Em arroz o resultado tem sido um pouco menor, em torno de 5 sacas, mas ainda assim altamente compensador. O uso deste produto em pastagens é uma excelente ferramenta para recuperar vastas áreas hoje degradadas”, explica Solon.
Mais informações nos gráficos: http://www.anpii.org.br/estatisticas/