No sábado passado, dia 01/04, foi o Dia da Mentira!

Junto com esta data, separamos três mitos que existem sobre os inoculantes e seu uso na agricultura. Lembrando que os temas citados abaixo já foram discutidos com mais detalhes em postagens anteriores, portanto, vale dar uma olhada nos artigos do nosso site!

– “USEI INOCULANTES NA MINHA ÁREA POR MUITOS ANOS, NÃO PRECISO MAIS INOCULAR”: muitos pensam que após inocular a bactéria por um período, haverá uma população estabelecida dela no solo. Porém, além da alta mortalidade, os rizóbios têm sua capacidade de fixar o N atmosférico reduzida com o tempo. A inoculação anual, ou reinoculação, é altamente recomendada e reflete em ganhos de produtividade, o que já foi comprovado por diversos trabalhos científicos.

– “VOU APLICAR NITROGÊNIO NA FASE REPRODUTIVA DA SOJA PARA AUMENTAR A PRODUTIVIDADE”: por conta da redução na nodulação e na FBN da soja entre o florescimento e o enchimento de grãos, alguns produtores optam por aplicar N foliar nesse período para garantir disponibilidade do nutriente em uma fase crítica da cultura. Entretanto, trabalhos mostram que a planta remobiliza o N acumulado em tecidos vegetativos durante essa fase, e que pequenas quantidades de N foliar podem até estimular a produção de hormônios, mas não reflete em aumento no rendimento de grãos.

– “PRODUZIR INOCULANTE É FÁCIL, É SÓ PEGAR UM MEIO DE CULTURA, UM FERMENTADOR E MULTIPLICAR A BACTÉRIA”: realmente, multiplicar a bactéria é “fácil”, mas é garantido que naquele produto apenas aquela bactéria de interesse estará presente? Será que a concentração de unidades formadoras de colônia será suficiente para o resultado esperado em campo? Produzir um inoculante de qualidade requer equipamentos específicos e pessoas especializadas, em condições de assepsia, para garantir que não haja contaminantes (imagina levar um patógeno para sua área?) e que no momento do uso a concentração esteja adequada.