Quarta edição do Fórum de Agricultura da América do Sul traz nomes de peso do Brasil e do mundo para debater um agronegócio cada vez mais dinâmico e globalizado
Hugo Harada/Gazeta do Povo
Fórum vai reunir ministros, lideranças e representantes de todos os elos da cadeia produtiva do agronegócio e da economia de um modo geral
Em agosto, Curitiba e o Paraná chamam a responsabilidade para uma discussão conjuntural sobre as tendências da economia mundial do agronegócio. Com o tema “Nova estratégia para uma nova agricultura”, o Fórum de Agricultura da América do Sul 2016 coloca em debate um setor em transformação, cada vez mais dinâmico e globalizado. Em sua 4ª edição, o fórum pauta o agronegócio a partir de um ambiente competitivo, onde a incorporação tecnologia e inovação não é mais opção, mas condição ao desenvolvimento e sustentabilidade do negócio.
O fórum vai reunir ministros, lideranças e representantes de todos os elos da cadeia produtiva do agronegócio e da economia de um modo geral. Isso porque falar de agricultura no Brasil e no mundo virou sinônimo de economia, a considerar a relevante e crescente participação dos segmentos na geração de riquezas, em especial de países como o Brasil, de vocação natural ao agronegócio. Isso em tempos de crise econômica, mais ainda, com o agronegócio batendo próximo dos 25% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional.
OMC no Fórum de Agricultura
De abordagens transversais, como logística e tecnologia, o evento traz ainda temas mais específicos, como das cadeias produtivas de grãos, carnes e bioenergia. Entre as presenças internacionais está a do representante da Organização Mundial do Comércio (OMC), ministro Celso de Tarso Pereira, da missão brasileira em Genebra, na Suíça. Ele vai falar sobre Mercado internacional: negociações além da política comercial. O diplomata vai tratar de uma das questões que é o grande desafio sul-americano, a inserção no comércio mundial.
Os painéis vão criar um palco de discussão sobre agricultura digital, um conceito de soluções integradas que começam a fazer a diferença no campo e no mercado. Da biotecnologia ao bigdata, passando pela agricultura de precisão e pelos diversos modelos para atuar e se posicionar no comércio internacional, o fórum justifica o tema deste ano ao defender que nos próximos anos a estratégia de cada país, de cada produtor, é que vai definir sua presença e participação no mercado. É a década da inovação e da tecnologia.
O evento ocorre dias 25 e 26 de agosto, em Curitiba, no Museu Oscar Niemeyer. Em discussão, as tendências do agronegócio globalizado a partir da realidade e do potencial da América do Sul. Inscrições e informações sobre painéis e palestrantes estão no site www.agrooutlook.com.
Cocari no clube do bilhão
Em uma análise sobre as cooperativas do Paraná que faturam mais de R$ 1 bilhão, a coluna da semana passada não citou a Cocari. Ela não aparece na lista das maiores e melhores da revista Exame, mas está entre as maiores e melhores cooperativas do Paraná e do Brasil, com uma receita de R$ 1,58 bilhão em 2015.
Do café à fiação, dos grãos à ração pet, a diversificada Cocari tem sede em Mandaguari e a área de atuação no Norte do Paraná. A cooperativa também tinha negócios na cadeia produtiva de aves. No ano passado, porém, o controle da unidade industrial de aves foi negociado com a Cooperativa Central Aurora, de Chapecó (SC).
Com essa justa correção ao faturamento da Cocari, agora a boa notícia. O clube do bilhão, em referência ao resultado financeiro do ano passado, reúne um grupo não mais de 13, mas de 14 cooperativas paranaenses. Juntas, elas somam mais de R$ 43 bilhões em faturamento, 70% da receita global do sistema cooperativo do Paraná, que em 2015 foi de R$ 60 bilhões.
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