O nitrogênio mineral prejudica a fixação biológica do nitrogênio na soja de tipos de crescimento determinados e indeterminados

A Associação Nacional dos Produtores e Importadores de Inoculantes (ANPII) reforça a divulgação de artigo publicado na revista internacional Journal of Plant Nutrition, trabalho realizado por pesquisadores brasileiros, mostrando, mais uma vez, que a aplicação de fertilizante nitrogenado em soja não traz benefício nenhum para a cultura.

SOJA

O trabalho, realizado por sete pesquisadores, em ensaios de laboratório, casa de vegetação e campo (4 experimentos), com cultivares do tipo determinado e indeterminado, prova definitivamente que a fixação biológica de nitrogênio – FBN – é capaz de suprir todo o N necessário para as mais elevadas produtividades da soja. Os resultados obtidos nos ensaios de campo estiveram entre 4.500 e 4.800 kg/ha e a aplicação de nitrogênio mineral não trouxe nenhum aumento na produção, somente onerando os custos da lavoura e diminuindo a rentabilidade do agricultor.

Uma das conclusões dos pesquisadores é que os resultados obtidos enfatizam o efeito negativo na FBN quando o N mineral é aplicado nos estágios iniciais do desenvolvimento da planta e a ausência de efeito na produção de grãos quando aplicado nos estágios finais. “Este conhecimento, plenamente consolidado, já está disseminado entre os agricultores, mas periodicamente ainda há tentativas de aplicar fertilizantes nitrogenados na cultura da soja, trazendo prejuízos para os agricultores”, explica Solon Araújo, consultor da ANPII.